a draga no porto de vila-garcia |
por
que poidas achegar-te sem medo
nem
perigo
anda
a draga a escavar todo o dia
as
noites todas [e muitas tardes também]
lodentas
lamas mercuriais areias
com
pesados metais em revoltalho
óxidos
de óleos e pinturas
e
muitas noites [e tardes e dias]
anda
a draga indo e vindo
largando
aos oceánicos fundos
bem
longe / por fora de sálvora
a
minha tóxica tristeza
nas
redes andam a cair já
mutantes
sardinhas e badejos.
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