anne sexton lendo anne sexton |
revisando o bló das leituras, do pam que me alimenta literariamente, re-encontrei o comentário que escrevim após a leitura de anne sexton. o bom de fazer diários e bitácoras é que passa o tempo, dás volta para olhar o caminho percorrido e contas com marcas que che lembram aquilo que ti fuches deixando de banda. isto foi o que escrevim daquela:
tinha vontade de botar-lhe o dente a
esta poeta, depois de saber dela há anos, através da carapuchinha
encarnada (para que vejades de onde venhem as ligaçons leitoras). mas o
livrinho que procurava nom o há em língua acessível para mim
(tradutoras, traduzide!). em troca dei com esta antologia de poemas de amor.
custou ler. porque nom
tinha o corpo para esta poesia de amor. dura. quase violenta.
auto-ferinte. uma grande parte dos textos transmitem uma ideia das
relações de parelha destrutiva com a que me resulta difícil sentir-me
identificada.
e deixava para outro dia.
e venha a começar de novo.
e anotava um verso.
uma imagem.
e as transformava para as fazer minhas.
e acabei por identificar-me com aquilo que escrevim eu lendo anne sexton.
suponho que isso também é a leitura.
aquilo que escrevim lendo anne sexton vém sendo a noiva e o navio. e eu nom recordava que era aí que estava a cerna.
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