22 de setembro de 2012

poemas de amor

anne sexton lendo anne sexton
revisando o bló das leituras, do pam que me alimenta literariamente, re-encontrei o comentário que escrevim após a leitura de anne sexton. o bom de fazer diários e bitácoras é que passa o tempo, dás volta para olhar o caminho percorrido e contas com marcas que che lembram aquilo que ti fuches deixando de banda. isto foi o que escrevim daquela:

tinha vontade de botar-lhe o dente a esta poeta, depois de saber dela há anos, através da carapuchinha encarnada (para que vejades de onde venhem as ligaçons leitoras). mas o livrinho que procurava nom o há em língua acessível para mim (tradutoras, traduzide!). em troca dei com esta antologia de poemas de amor
custou ler. porque nom tinha o corpo para esta poesia de amor. dura. quase violenta. auto-ferinte. uma grande parte dos textos transmitem uma ideia das relações de parelha destrutiva com a que me resulta difícil sentir-me identificada. 
e deixava para outro dia.
e venha a começar de novo. 
e anotava um verso.
uma imagem.
e as transformava para as fazer minhas. 
e acabei por identificar-me com aquilo que escrevim eu lendo anne sexton

suponho que isso também é a leitura.
 
aquilo que escrevim lendo anne sexton vém sendo a noiva e o navio. e eu nom recordava que era aí que estava a cerna.
 
 

Um comentário: